quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Fanzine de Atura Camuirá #01

 Eu sei que o post passado foi uma depressão só, eu pediria perdão, mas aquilo é uma condição (des)humana que não é exclusivamente minha e sentir tristeza é algo comum.

Dito isto, vamos ao que interessa de fato, que é o fanzine de Atura Camuirá!!



Eu conheci fanzines muito cedo, na época eu era apenas um moleque mangázeiro que achava que um dia minhas ideias mudariam o mundo dos quadrinhos, até que um amigo (que me ensinou bastante sobre desenho) me mostrou os zines e o que eram ideias de verdade, ele até disse:

"Tá vendo isso aqui? Isso são ideias de verdade, elas podem até não mudar o mundo dos quadrinhos ou mudar a cabeça de ninguém, mas elas estão ai, vivas e prontas pra quem quiser vê-las, para com essa porra de fantasiar revolução quadrinistica, porra!"

Tá, ele não disse nada disso, só me mostrou os zines mesmo, mas eu posso florear um pouco se eu quiser, oras.

Enfim... Quando vi aqueles quadrinhos e textos impressos em papel sulfite, fiquei maravilhado, pois era algo feito puramente por amor e vontade de expressar uma ideia, uma mensagem, era como se eu estivesse segurando a vontade e a dedicação de outros materializadas em folhas xerocadas e grampeadas.

Em algum momento eu fiz fanzines na escola, principalmente no ensino médio, mas um em especifico eu guardo no coração, pois o meu irmão (lembra do irmão que mencionei no post passado? É, esse mesmo) pegou um fanzine que eu fiz sobre lobisomem para um trabalho da escola dele e vendeu para os colegas, daí que no dia seguinte ele disse que queriam continuação, então ainda fiz mais dois números que renderam belos lanches para nós dois.

Mas depois de muito tempo lhe apresento o fanzine de Atura Camuirá! 



É um fanzine de vinte páginas, que você vai imprimir em cinco folhas de papel sulfite ou outro papel que quiser, aliás, recomendo que use um papel de gramatura maior que o do sulfite. Imprima na sua casa, na xerox do seu bairro, onde quiser, as páginas já estão todas prontinhas para isso, depois que o fizer é só dobrar, grampear e ler! Ah! Lembre-se de seguir a numeração para se guiar na impressão.

Vou repetir um pedido que está no zine:

Se puder, por favor, compartilhe o zine com mais alguém, ok? De preferência a versão impressa, seja xerox ou a sua mesmo, se quiser. Estou numa fase bem complicada da vida, tudo me empurra para desistir dos quadrinhos e eu mesmo sinto vontade de saltar da beira do precipício de vez em quando, mas tem algo que sussurra que eu ainda posso fazer algo e me agarro nisso como posso.

Por isso esse fanzine é uma aposta, tanto na minha capacidade quanto na sua boa vontade, dito isto, espero que goste dessa primeira edição, em breve publico a segunda por aqui! 

Baixe os arquivos para impressão clicando aqui, em breve tento disponibilizar um PDF também.

PS: adiantei a data de publicação por não saber se terei internet amanhã, hahahaa. 

Inté!



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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Não estou detrás da prancheta

 Sentado em um banquinho velho, lá no fundo do quintal em uma noite extremamente quente e amargando mais uma perda. Uma dentre várias que esse ano me proporcionou, diga-se de passagem, reflito sobre parar.

Esse ritual se prolonga por noites e mais noites, sempre com a companhia dos meus cachorros, vez ou outra lembrando dos que se foram. Eu estaria mentindo para você se dissesse que de vez em quando as lágrimas não escorrem, sabe? Mas não vou me fingir de forte, pois acho que essa é a minha versão mais surrada e fragilizada até agora.

Já disse sobre parar antes, né? Só que dessa vez é diferente.