terça-feira, 30 de julho de 2019

De volta aos eixos...

Há algum tempo eu comentei sobre como minha Panterinha estava doente. 

Muitos dias atrás a doença piorou e ela ficou mais debilitada, mesmo assim ela resistia e ainda mantinha uma força de vontade que nunca tinha visto em nenhum outro cachorro que já tenha pego esta maldita doença, uma praga chamada de cinomose. Como ela não queria desistir, só me restou tentar de tudo para salvar ela, fiz dívidas com remédios, tentei tratamentos caseiros, fiz pesquisas e mais pesquisas na esperança de conseguir fazer algo que regredisse a doença. 

Por um tempo eu pensei que estava dando certo. Ela já até ia no pátio e latia, mordia os gatos, uma vez eu até brinquei com ela como antes, quando eu fingia que ia pegar ela e a mesma corria.

Poucos dias atrás a minha esperança foi pro ralo.

Ela ficou muito pior, seu organismo rejeitava qualquer tipo de alimento, água, ela não dormia e suas convulsões ficaram piores. Mas ela ainda resistia, mesmo não dando conta de dar três passos sem cair, mesmo vomitando sangue.

A doença não regrediria e me foi dada a opção de deixar que a doença a matasse naturalmente, o que prolongaria muito mais o sofrimento dela, ou a eutanásia. Ninguém queria a eutanásia aqui em casa, eu mesmo não queria, mas... Ela estava sofrendo, vomitava cada vez mais e com muito sangue, não comia, não dormia e as convulsões não paravam.

Faz quatro dias que ela se foi.

Agora é preciso voltar aos eixos, pôr os trabalhos em andamentos novamente e a viver sem a Panterinha, mas ela sempre vai permanecer viva em meu coração e minhas lembranças, sempre lembrarei dela como a orelhuda brincalhona que me acordava com uma puta mordida na mão ou pulava na cama de manhã.


Inté.