Ahhhh! Domingo! Uma belíssima duma noite chuvosa de domingo!
As ruas alagadas, o pátio cheio de água e o meu quarto/estúdio cheio de goteiras e com aquele odor fétido de mijo e fezes dos morcegos que moram lá no forro, como posso reclamar?
Tanto é que decidi escrever esse post embalado pelos ping, ping nas latas e baldes espalhados pelo quarto, vez ou outra sendo cutucado por uma gotinha no ombro ou na cabeça. Mas sem mais delongas, vamos lá!
As ruas alagadas, o pátio cheio de água e o meu quarto/estúdio cheio de goteiras e com aquele odor fétido de mijo e fezes dos morcegos que moram lá no forro, como posso reclamar?
Tanto é que decidi escrever esse post embalado pelos ping, ping nas latas e baldes espalhados pelo quarto, vez ou outra sendo cutucado por uma gotinha no ombro ou na cabeça. Mas sem mais delongas, vamos lá!
O mês de janeiro
Um mês infinito, diriam alguns, eu achei apenas mais um mês como todos os outros, embora o sofrimento de alguns dias tenham feito parecer que 24 horas corressem em câmera lenta. Infelizmente não pude produzir tanto quanto gostaria, atrasei comissions e atrasei prazos de trabalhos e os autoimpostos, mas não foi por preguiça ou por desleixo, mas sim porque minha cabeça não anda colaborando muito sabe?
É uma tal de tristeza, melancolia e angústia que insiste em não me abandonar, que vou te falar… Daí que soma-se isso a mazelas cotidianas que ativam meu transtorno explosivo intermitente e pronto, tem-se um vegetal de trinta e poucos anos que pensa apenas naquilo. Sim, naquilo que começa com a letra S e termina com a letra O, não, não é sexo.
Mas como todo bom adulto doente-saudável, vou empurrando como posso e tento me alienar o máximo que posso sobre questões que estão fora do meu alcance de resolução.
Atura Camuirá
Sigo desenhando o capítulo cinco, mesmo tendo de funcionar no tranco como já disse antes. Nesse capítulo finalmente vamos ver quem é Célia de fato! E o jovem pajé de tapa-olho em perigo??
Mudei o esquema de produção desse capítulo, estou rascunhando em papel e depois digitalizando para corrigir o rascunho, imprimir, fazer o lápis e depois fazer a arte final no digital. Por quê? Porque eu quero.
Na verdade o meu desejo era de fazer a arte final toda em nanquim e bico de pena, entretanto, o preço do papel e do nanquim não estão nada acessíveis para mim nesse momento, e veja bem: o papel mais vagabundo e o nanquim escolar (que técnicamente deveria ser baratinho) estão custando quase o preço de material de qualidade maior!! “Ah, mas por que tu não compra pela internet?” Porque o frete é absurdamente caro para a região onde moro.
Mas continue aguardando, em breve vou lançar esse capítulo! Ah! Lembrando que tem um compilado novo do primeiro e segundo capítulo, com correções em alguns desenhos e textos. Dê uma olhadinha clicando aqui.
Atura Camuirá
Sigo desenhando o capítulo cinco, mesmo tendo de funcionar no tranco como já disse antes. Nesse capítulo finalmente vamos ver quem é Célia de fato! E o jovem pajé de tapa-olho em perigo??
Mudei o esquema de produção desse capítulo, estou rascunhando em papel e depois digitalizando para corrigir o rascunho, imprimir, fazer o lápis e depois fazer a arte final no digital. Por quê? Porque eu quero.
Na verdade o meu desejo era de fazer a arte final toda em nanquim e bico de pena, entretanto, o preço do papel e do nanquim não estão nada acessíveis para mim nesse momento, e veja bem: o papel mais vagabundo e o nanquim escolar (que técnicamente deveria ser baratinho) estão custando quase o preço de material de qualidade maior!! “Ah, mas por que tu não compra pela internet?” Porque o frete é absurdamente caro para a região onde moro.
Mas continue aguardando, em breve vou lançar esse capítulo! Ah! Lembrando que tem um compilado novo do primeiro e segundo capítulo, com correções em alguns desenhos e textos. Dê uma olhadinha clicando aqui.
E por falar nisso, por enquanto estou abortando o projeto do zine, infelizmente não deu o retorno que eu queria (que era de receber um feedback de alguém que tenha impresso e lido), então não vou mais empreender energia em um fracasso explícito, já basta eu fazer isso com esse negócio de ser quadrinista.
O feitiço de Áquila
Eu queria tanto que você ouvisse essa melodia harmoniosa que goteja em meus ouvidos na mesma frequência em que cai no balde, o som da natureza líquida descendo por buracos no telhado, respingando em um ou dois pontos específicos do forro da casa e desbocando tudo no meu quarto, como se fosse uma benção divina!
É um som tão harmonioso quanto a trilha sonora de O Feitiço de Áquila ou Ladyhawke se preferir.
Lembro de quando eu era criança e ouvia meus parentes comentando sobre a beleza quase bíblica desse filme, sobre o homem que virava lobo de noite e a mulher que virava águia de dia, um amor impossibilitado por esse feitiço jogado por um bispo putanheiro que queria a prima para si. Quem nunca se apaixonou pela prima, né?
Calma, calma, paixonite é uma coisa e obsessão compulsiva é outra, no caso desse bispo ele só tá seguindo a cartilha normal de quase todo membro do clero de qualquer religião cristã, gente.
Brincadeiras deixada de lado, nunca tive a chance de assistir esse filme quando novo, só ouvia meus parentes falando mesmo, mas mês passado finalmente pude assistir e gostei mais do que pensei que gostaria, embora eu tenha ficado com um desejo enorme de ver um remake dele, só que um pouco mais “sujo” e com mais fantasia, por assim dizer. Porém, se teve algo que me desagradou muito, foi a trilha sonora.
Nos segundos iniciais do filme eu já caí na gargalhada com a abertura, acredito que deveria parecer algo épico e para ser levado a sério, mas a música não ajuda. Em alguns momentos do filme então, nossa… Mas a trilha não é ruim, não me entenda a mal, mas é como se pegassem a trilha feita para um filme de ação futurista dos anos 80 e jogassem no filme romântico de quase fantasia, saca? Se você pensava que o “Sempre juntos. Eternamente separados” falava dos dois apaixonados, saiba que na verdade falava da trilha sonora do resto do filme.
No mais, se você é como eu que consegue assistir as coisas avaliando com o período de lançamento e sem as cricrisses de ficar julgando tudo como se fosse para ser um blockbuster moderno, assista e se divirta, de repente com seu amorzinho do lado ou seus amigos.
Estado elétrico, eu sou a lenda e Rambo
Graças ao estado melancólico em que meu cérebro se encontra, pude buscar refúgio na leitura e esse ano começou até que bem, pois li Estado Elétrico de Simon Stalenhag, um livro que fala sobre uma jovem e seu irmãzinho em uma jornada até um certo lugar para… Bom, não vou falar.
Esse livro não é retrofuturista como já vi algumas pessoas comentando por ai, na verdade ele é como um futuro alternativo dos anos 90, se passando ali em 97 ou 98 se não me falha a memória e nele a tecnologia do momento são os aparelhos da Sentre que te conectam à uma realidade virtual ou à Drones, onde você pode literalmente abandonar seu corpo físico e viver nesses robôs.
Há um vídeo no Central Pandora que pode falar muito melhor sobre esse livro do que eu, recomendo que assista. Ah! A Netflix vai lançar o filme, tem até trailer, mas pelo jeito vão fazer no padrão “esquece a filosofia e a mensagem, foca nas lutinhas” que, aliás, nem tem no livro.
Também li Eu Sou a Lenda de Richard Matheson, que fala sobre um homem vivendo em meio ao apocalipse vampírico, tendo de lidar com a solidão, angústia e, porque não, estudos para tentar achar uma cura para aquilo tudo.
Confesso que antes de ler esse livro eu achava legal o filme com o Will Smith e não entedia o tanto de hate, pelo menos por parte dos fãs do livro, em cima do filme, mas depois que li esse livro eu fiquei puto com essa adaptação, pois além de ser covarde em muitos aspectos, não teve a ousadia que deveria ter. Há outras adaptações e pretendo ver qualquer dia desses, vamos ver se alguma foi pelo menos respeitosa em algum nível. Mas talvez eu até reveja esse filme para ver se ainda gosto.
E por último, estou lendo First Blood de David Morrel, o livro que deu origem ao filme do Rambo.
Esse está sendo uma baita surpresa, não pensei que fosse gostar tanto quanto estou gostando, seja pela escrita rápida e sem firulas ou pelas várias críticas que David Morrel mostra no livro.
Esse está sendo uma baita surpresa, não pensei que fosse gostar tanto quanto estou gostando, seja pela escrita rápida e sem firulas ou pelas várias críticas que David Morrel mostra no livro.
Não sou lá muito fã do Stallone para ser sincero (sou mais do Team Van Damme) e nem tenho tanto apreço e carinho pelos filmes do Rambo como alguns, mas por influência do livro fui rever o filme e, dada as devidas proporções, é um filme e tanto, embora eu queira muito ver uma adaptação mais fiel ao livro, onde temos um Rambo sequelado por causa da guerra e que não tem escrúpulos em matar nenhum policial fanfarrão que aparecer em seu caminho.
Mas que fique claro, diferente do filme, o livro não mostra Rambo como um herói, aliás, ele não mostra ninguém como herói e sempre dá o ponto de vista dele e do Teasle, que está bem mais aprofundado no livro quanto no filme.
Por aqui a chuva aliviou, as goteiras estão parando e vou aproveitar para parar de escrever também, afinal ainda são 21 horas e pretendo aproveitar o resto da noite fazendo algo que não envolva enxugar lágrimas, digo, o chão.
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Inté!